Noite pra ficar na memória

Não é difícil lembrar de uma grande noite do Café Matisse (CIC). Muitas são as histórias, muitos foram os momentos, vários foram os shows. Samambaia Sound Club e Aerocirco reviveram tudo isso neste sábado(20), em mais uma das noites que ficam na memória.

Nos anos 90, década em que a música autoral de Florianópolis começou a lapidar sua forma, com caras e bocas, o Café Matisse foi um dos principais “interlocutores” da cena local. Dazaranha, Stonkas, Primaveria nos Dentes (quem não se lembra do show de lançamento do CD), Phunky Buddha e as festas a fantasia, Tijuquera, Iriê, Brasil Papaia, entre tantos outros, iniciaram uma movimentação que hoje o seu reflexo está cada vez mais forte.

O show de sábado foi provocado com o intuito de incluir o palco do Matisse novamente na pauta dos grandes eventos de música autoral da cidade, de Santa Catarina, que hoje mendiga por espaços. Sabemos que isso não depende da Samambaia e Aerocirco, mas é um começo (recomeço).

À Noite

O show estava marcado para às 22h, mas como é de praxe, as pessoas começaram a chegar por volta das 23h. A Aerociro iniciou a meia noite. Montaram um repertório especialmente pro Matisse, com canções dos três cd’s, inéditas para alguns. O quarteto começou leve e terminou fulminante, com todos pulando e catando as canções mais pop’s de floripa.

Os shows tinham hora para acabar, 1 h, norma da Fundação Catarinense de Cutura, mas por conta do atraso do público e da sensibilidade do Matisse, levamos até às 2h, tempo o suficiente para a SSC requebrar os quadris dos vivos, foram 60 minutos de muito suor e diversão.

Após os shows, o público continuou no Matisse, cantando, bebendo e falando mal dos que nao foram.

Preparem as cabeças porque este projeto vai continuar, fique atento!

Della (Aerocirco) participando em DMLU - última canção do show

Fotos: Carlos Kilian